TDAH: MITOS E FATOS Parte 1

MITO 1: TDAH NÃO EXISTE
O TDAH tem sido uma condição bem pesquisada e reconhecida por muitos anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e todas as autoridades de saúde e associações médicas em diversos países reconhecem o TDAH como um transtorno mental. Os dados científicos sobre o TDAH cresceram significativamente nos últimos 30 anos. Centenas de estudos sobre TDAH são publicados anualmente e as pesquisas já conseguiram elucidar diversas influências e mecanismos no TDAH.

MITO 2: O TDAH É UMA INVENÇÃO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Com certeza a indústria farmacêutica ganha dinheiro com medicamentos para várias condições clínicas, inclusive com medicamentos para TDAH. No entanto, é importante saber que a indústria farmacêutica não cria uma doença e cataloga ela nos manuais de classificação para diagnóstico, como a CID ou DSM.
Para todas as doenças reconhecidas, há necessidade de definições que sejam aceitas pelos médicos. Dessa mesma forma ocorre com o TDAH.

MITO 3: TDAH NÃO PODE SER DIAGNOSTICADO COM CERTEZA.
O diagnóstico de TDAH é clínico, ou seja, não tem como ser diagnosticado através de um exame de sangue ou outros tipos de exames e testes rápidos. Para diagnóstico de TDAH é necessário um especialista competente que irá fazer várias observações, alguns testes neuropsicológicos para auxiliar no diagnóstico, observar o nível de intensidade dos sintomas e como eles causam sofrimento e prejuízos para o paciente.
Portanto, para o diagnóstico de TDAH, utilizamos os métodos de exame fixos. Estes exames incluem entrevistas detalhadas com o paciente ou responsáveis (anamnese), um exame clínico e observação comportamental. Além disso, outras doenças são excluídas e o paciente é examinado para doenças concomitantes.

Wendell Noronha
Neuropsicólogo/Psicoterapeuta
Especialista em Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica

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